terça-feira, 23 de junho de 2009

Nem te conto a minha novidade


A vida é uma constante aventura, e tem aventura para todos os gostos. A busca por conhecimento, e, sobretudo, auto-conhecimento é uma aventura para mim. Não há nada de mais interessante que novidades, tudo que é novo me interessa, me alimenta, me instiga. A novidade me cai como uma luva. Meu signo me diz que sou estática, parada, estável, que não gosto muito de movimentações, mas não sei por que gosto tanto da mudança, da novidade.

O novo é nada mais que o velho em ciclos, só que mais aprimorado, mais moderno, com algum toque de novidade, ou somente, como algo que nunca vimos e que isso a torne um pouco diferente. O que era velho, novidade passada, coisa que já sabemos, coisa que já vimos, se metamorfoseia em novo. O que seria do novo se não houvesse o velho? Mas, como disse anteriormente, o que apenas me interessa é a novidade, a novidade do que já existe, infelizmente.

Mas o que é novidade para mim, pode não ser novidade para muitas pessoas. Um belo livro escrito há anos antes de Cristo, e que nunca li, é novidade, mesmo sendo velho. Agora as notícias mais interessantes do mundo, como a roupa de grife que Paris Hilton lançou, para mim é velho, é notícia que nem tem graça para sair repassando por aí. Por que seria eu, a vender a imagem (seja boa ou ruim) dela, ou de outros? Ao menos que ela me pagasse eu me ocuparia de sua novidade (velha ou não).

Como disse anteriormente, o que me instiga é a busca da novidade, mas que essa novidade seja transformada em conhecimento, e logo após em auto-conhecimento. Eu preciso aprender a nova reforma ortográfica, eu preciso ler os livros de filosofia que sempre tive vontade, (e que estou lendo aos poucos), eu preciso estudar coisas inúteis para passar em um concurso, eu não preciso, mas eu devo viver minha própria vida, porque 24 horas por dia é pouco para eu conseguir alcançar todas as novidades de que necessito.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Qual é sua busca pessoal?


Pessoas se jogam em projetos, movimentos, partidos. Qual é a finalidade de tudo isso, o que será que se passa na cabeça dessas pessoas? Normalmente responderíamos que essas pessoas são dotadas de um sentimento universal que as toma, é um sentimento bom que as enche, o de poder ajudar a quem está precisando, e isso é ótimo. Atos ou sentimentos de filantropismo, sempre existiram e não deixarão de existir (que Deus queira). Mas o que me passa na cabeça é saber suas expectativas, vontades e desejos. Muitas pessoas na história travaram suas lutas por esse desejo universal de ver tudo equilibrado: amor, paz, saúde, felicidade, enfim, todas essas coisas que desejamos nas nossas preces.
Luiz Carlos Prestes, foi tomado por esse sentimento. Entrou em um partido, que na época era o “demônio” em forma de gente, este era o Partido Comunista. Comunista? Vá de retro! Alguns diziam. Mas esse partido que nem todos conheciam, foi escrito e analisado por Karl Max em seu livro “Manifesto Comunista”, que apenas defendia uma política baseada na sociedade sem classes, em que não houvesse estado, tudo baseado na propriedade comum.
Luiz Carlos Prestes enfrentou a chamada “Coluna Prestes”, em que lutavam por um país melhor, derrubando o atual Presidente Getulio Vargas. Ele andou juntamente com o povo, pelo país inteiro, e ficou conhecido por “cavalheiro da esperança”. Logo o tempo passa, comunistas são presos, Olga Benário, sua esposa na época é presa pelo governo alemão (que no momento estava sob o poder do nazismo). Logo depois que ele foi anistiado, foi eleito Senador, e com o partido cassado, volta à clandestinidade. Ele não terminou sua vida de luta política, entretanto, não quis mais vivenciar o papel de legislador, imaginemos o porquê.
Em um momento da vida todos nós nos comportamos como semi-deuses, querendo alcançar o que ninguém alcançou, querendo mudar o mundo, querendo paz na terra, querendo amor entre os homens, querendo alcançar o infinito, o sol, tal Ícaro fez., mas caímos, pois as forças que nos são externas são bem maiores. Dédalo, pai de Ícaro, homem habilidoso projetou asas amarradas com fio de cera , e para tentar fugir da ira dos deuses, foram aos céus, Ícaro e seu pai. No entanto, Ícaro, jovem demais para medir, quis chegar perto demais do grande sol, e a cera que segurava as asas, derreteu, que o fez cair no Egeu.
Conhece-te a ti mesmo, dizia Sócrates. Não adianta querer mudar o mundo, se não conseguimos nem ao menos mudar e conhecer a nós mesmos. Isso é interessante, mudar a si mesmos para poder mudar o mundo, conhecer a si mesmos para poder conhecer os outros, para poder entender as atitudes das pessoas. Quantas pessoas na luta de mudar o mundo, conseguiram chegar onde queriam e lá permaneceram, esqueceram-se do propósito inicial, pois não se examinaram.