terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Redação do Enem 2009

O individuo frente à ética nacional

Diariamente se vê notícias no TV, sobre escândalos de corrupção no Senado e na Câmara. O povo indignado com tal situação, reclama por justiça. Porém, em uma democracia, não é exatamente o povo que escolhe seus representantes?
Em alguns livros de História, dizem que o Brasil foi inicialmente, cárcere para bandidos vindos de Portugal. Logo, vieram os portugueses, que ao invés de colonizar, apenas exploraram o Brasil. Junta-se lacaios e explorados, a um povo nativo ingênuo, e se constrói o arquétipo mestiço brasileiro. Com base na história de um povo, entende-se sua cultura. De um lado estão os corruptos, de outro um povo passivo e alheio.
No entanto, no Brasil há democracia, que vem do grego e significa: “Cracia = poder” e “Demo = povo”, porém, “demo” sem sua tradução ficaria bem melhor: “ Poder do demo”. O que se vê nos palcos da política brasileira é um espelho do que é um povo, este que mantêm no poder dinossauros políticos, oriundos da classe aristocrática.
Todavia, como diria Nietzsche: "Ao andar com monstros acautelar-se para também não se tornar um monstro. Quando se olha muito para o abismo, o abismo olha para você”. E é assim que o povo critica de forma assídua, o cenário político brasileiro, enquanto repassam cheques sem fundos, furam filas, aplicam golpes dos mais variados e criativos, aproveitam-se da fraqueza e ignorância das pessoas, e as usam como trampolim, para seu crescimento individual, enquanto o país e sua ética, afundam. Portanto, o jeito é fazer as malas e ir embora para Pasárgada.

(Elza Nayara)