domingo, 19 de abril de 2009

A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

E naquele dia,
o seu filho nasceu para dentro.
E quanto mais o tempo passava,
mais o menin
o crescia:
esbarrando no seu coração.

(Rita Apoena)

Passeia por todos os campos, político, religioso, moral, jurídico, científico, filosófico: a discussão sobre a legalização do aborto. A que ponto a lei poderá assegurar os direitos do cidadão, enfatizando sobretudo os das mulheres. Será a mulher dona do seu próprio corpo?
As instituições, ongs, entre outras vertentes feministas, lutam incansavelmente pela inclusão da mulher, seja no mercado de trabalho, ou senão numa convivência igualitária. Uma das lutas que se destaca, por se tratar de um tema polêmico, é o da legalização do aborto. Argumentam que a mulher é tratada apenas como um mero reprodutor, a responsável pela continuidade humana. A mulher não tem direito nem ao menos ao próprio corpo.
Tal posicionamento extremo é uma forma de defesa de mulheres que enfrentam e enfrentaram uma sociedade machista. Por isso mesmo que há uma contrariedade em determinadas lutas. Buscam legalizar um crime infame, contra um ser indefeso. Pois sim, a mulher é dona de seu corpo, legalizem. Todas agora terão o direito de matar, e não serão penalizadas, e melhor, não terão inimigos, sendo elas mesmas, “parentes mais próximos”, não darão trabalho algum, pois não haverá velório.
Não sendo também radical, abre-se exceção para anencéfalos, bebês com ausência de cérebro, pois em 100% dos casos não chegam a viver. Entretanto, mesmo em casos de estupro o crime é cometido da mesma forma. O moralista diz que é desonroso, o político diz que é pela taxa de natalidade, o religioso que é pecado, e o filósofo dirá que não existe verdade absoluta. Com tudo isso, não deixa de ser um dos piores crimes.

A foto abaixo se trata de uma cirurgia feita nos EUA. É uma cirurgia na espinha bífica do feto, sem a sua retirada do ovário, sendo que se fosse retirado morreria. Por ser uma cirurgia muito delicada e uma inovação na medicina foi registrada por um fotógrafo. Essa imagem comoveu e comove muitas pessoas. A luta pela vida de um bebê, este que está segurando a mão do médico, talvez como um sinal de agradecimento por esses pais que foram até as ultimas possibilidades para a sobrevivência de seu filho.

(Elza Nayara)

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