segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O IMORAL E O MORAL DE FORMA GENERALIZADA


Estou extremamente cansada dos valores inventados por essas tristes cabeças humanas desocupadas. O valor da moral e dos bons costumes aprisionam! E o valor do imoral, não aprisiona? Como diria nosso Raul: “Eu não sou besta pra tirar onda de herói, sou vacinado sou cawboy, cawboy fora da lei”. Entre tantos significados em seu contexto, estava também aí à busca do equilíbrio, da racionalidade. Pois é, mesmo ele, tão louco, tão legal, tão fora da lei, não queria saber de encarar determinado extremo.

Mas voltando aos valores da sociedade, a moral e os bons costumes estão prevalecendo desde outrora até hoje. Ocorreram revoluções no mundo, com relação a moralidade e costumes, e no Brasil por volta dos anos de 1970, conhecido como a onda hippie. E mesmo com isso a moralidade ainda predominou e predomina. Contudo, mesmo assim, persistem a contracultura, em detonarem a moralidade. Beleza, tudo bem, o mundo não teria graça se só existissem morais ou só imorais. Mas o fato é que eles enchem o saco.

De um lado estão os morais com suas sentenças prontas, conhecidas há séculos por nós, e que devemos levá-las à frente. No entanto, me apartei há tempos dos morais, por mais que ainda viva no meio deles, compartilhe não só casa, cama, como também sentimentos, eu não compartilho do total dos seus valores. De outro lado, estão os imorais, que mandam você descer do muro, gritam que imoralidade é liberdade. No imoral há profundidade, há caos, e eles acabam compartilhando de um fim bem semelhante.

Os imorais, tanto quanto os morais seguem modas. A moda do moral normalmente é ditada pela classe dominante conservadora. Os moralistas usam ternos, cores neutras, falam baixo, ouvem boa música, e não ligam para problemas existenciais ou sociais. Vivem suas vidas de forma alheia. A moda do imoral, por sua vez, é ditada por suas tribos, sua “contracultura”. Todos se vestem de forma parecida, ouvem músicas revolucionárias e contraditórias, gritam para o mundo suas verdades. Os imorais normalmente encontram-se em humanas, enquanto os morais encontram-se em exatas.


À semelhaça dos que se postam no meio da rua a olhar de boca aberta quem passa, ainda eles aguardam de boca aberta os pensamentos dos outros. (Assim Falava Zaratrusta, Nietzsche)


Ai que chatos são esses sujeitos que se encontram nas extremidades. Eles nos espremem até sair cuspe e catarro em forma de texto. Para vocês das extremidades, digo-vos: a visão daqui de cima do muro é ótima, eu consigo ver todos vocês em todas as suas peculiaridades. Aqui em cima é muito bom, isso quando não sou por vezes, espremida. Pego-me, por várias vezes, rindo dos seus valores, de suas modas, e principalmente da lealdade em que vocês seguem seus Reis, suas Religiões, suas Seitas, suas Verdades absolutas, suas procissões tolas.


Sou ardente demais e estou demasiado consumido pelos meus pensamentos. Falta-me amiúde a respiração, então necessito procurar o ar livre e sair de todos os compartimentos empueirados. (Assim Falava Zaratrusta, Nietzsche)


Aqui em cima o vento é fresco, dá para respirar melhor, aqui em cima, por vezes me sinto até superior, mas só de pensar nisso, paro e tenho medo de cair em uma das extremidades. Peço-vos morais e imorais: parem de me espremer, senão eu espirro catarro em vocês.



Elza Nayara

3 comentários:

  1. porra elzinha, gostei !
    principalmente da parte do catarro!kkkkkkkkk
    kkkkkkkkkk
    kkkkkkkkk
    kkkkkkkk
    kkkkkkk
    kkkkkk
    kkkkk
    kkk
    kk
    k

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  2. uma narina para cada um.. contendo 2 kg de catarro!!! rsrsrs

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  3. com relação às palavras: MORAL, IMORAL, MORALIDADE E IMORALIDADE. Usei-as no sentido comum e vulgar, deixando de lado seu significado e sua origem.

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