domingo, 2 de junho de 2013

Você mandou eu escrever

Às vezes penso que seja necessário um quê de razão na hora de escrever. Nunca devemos escrever quando estamos tomados por sentimentalismos, isso atrapalha a ordem dos pensamentos. Escrever levado por impulso atrapalha também no esclarecimento das ideias.
Quando entramos na faculdade, aprendemos que no modelo científico devemos ter referencial teórico para defender qualquer que seja ideia ou pensamento. Por exemplo, eu posso dizer que é necessário nas empresas haver boas relações humanas, qualidade de vida, boas condições de trabalho e não digo isso apenas por dizer, digo por que Elton Mayo fez a “Experiência de Hawthorne, que tinha por objetivo inicial estudar a fadiga, os acidentes, a rotatividade de pessoal, e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. Essa experiência foi também motivada por um fenômeno apresentado de forma severa à época na fábrica: conflitos entre empregados e empregadores, apatia, tédio, a alienação, o alcoolismo, dentre outros fatores que tornavam difícil a convivência no meio trabalhístico”. E assim provou que o trabalho é mais produtivo se há empregados mais felizes, motivados e satisfeitos.
Imagina então, num ataque de sensibilidade falar sobre o humanismo e qualidade nas relações de trabalho. Ia ser um blá-blá-blá cansativo cheio de ressentimentos, "achismos" e subjetividades. Por isso a importância do referencial teórico, a gente esconde ressentimentos e mágoas por trás de palavras de homens que foram lá, provaram que o que você “acha” realmente funciona, já foi testado e aprovado.
Outro lado ruim de escrever em um momento de mágoa ou tristeza provocada por alguém próximo, é que seu texto vira automaticamente uma indireta postada em um blog. Já fiz muitas indiretas, tão indiretas que eu tive que ir lá dizer:
-Ei! Fulaninho! Veja o texto que escrevi para você, não é lindo?
Pois é, essa pessoa não achou o texto lindo, porém, quem não entendeu a mensagem/indireta, caiu em elogios.
Então, já que estou aqui a falar sobre base teórica, pois bem, devo embasar isso tudo que acabei de escrever, e a única maneira que achei, foi que a Língua Portuguesa diz ser uma metalinguagem, o que, segundo o dicionário informal: É a utilização do código para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever, palavras que explicam o significado de outra palavra.
E não, esse texto não é uma indireta, sinto decepcionar. É que uma amiga hoje me perguntou por que eu não escrevia mais, daí resolvi escrever.



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